terça-feira, 16 de março de 2010

As ideias republicanas


Quando a monarquia se tornou liberal, passou a haver partidos políticos legais. Cada um tinha opiniões sobre a melhor maneira de desenvolver o país e queria ganhar as eleições para poder governar. No entanto estes partidos não punham em causa a figura do rei, eram partidos monárquicos.
No final do século XIX surgiu o partido republicano que pretendia uma alteração radical: abolir a monarquia e implantar a república. Considerava que o chefe máximo de um país devia ser escolhido e eleito pelo povo e defendia muitas outras ideias igualmente revolucionárias.
Durante vários anos o partido republicano apresentou-se às eleições lado a lado com os partidos monárquicos. Não ganhava, mas ia divulgando as novas ideias. Alguns grupos republicanos estavam convencidos que, com o correr do tempo, os portugueses acabariam por votar na mudança. Outros consideravam que só era possível abolir a monarquia e implantar a república com uma revolução, mas esse projecto tinha que ser discutido em segredo pois quem falasse abertamente no assunto ia preso.
Em Outubro de 1910, depois de vários meses de preparação houve uma revolução em Lisboa e desta vez com êxito. Às 9 horas da manhã do dia 5 de Outubro proclamava-se a República na varanda da Câmara Municipal de Lisboa. Saíram milhares de pessoas para a rua e festejaram, a notícia espalhou-se rapidamente pelo país e a mudança tornou-se um facto consumado. As leis do novo regime aboliram os privilégios por nascimento e procuraram maior liberdade e mais justiça social.
A República permite que qualquer português que se distinga pelas suas qualidades e seja eleito se torne Presidente da República.

Texto: Isabel Alçada e Ana Maria Magalhães

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